
Foi só aí que o vi pela primeira vez, em 2007, o seu ano de estreia. E confesso que não gostei do que vi. É que eu tenho olho clínico para a coisa, faço a distrinça entre "condutores" e "pilotos". Gente com nervo (ou falta d'ele) o suficiente para rodar incrívelmente depressa há muita, agora, capacidade de concentração, talento e alma para guiar um carro como se ele fosse um apêndice do próprio corpo, são argumentos que fazem um verdadeiro piloto.
Hamilton podia ter-se sagrado campeão logo no seu ano de estreia, mas não resistiu à pressão e teve erros fatais nas duas últimas provas. A Formula Um não é para todos, não basta guiar depressa, há que ter capacidades reservadas a um clã de eleitos. É preciso tomar decisões em fracções de segundo, resistir a doses massivas de pressão, ter uma postura digna em pista e isso Hamilton não tem, como não tinham Senna nem Schumacher.
Longe vão os tempos de Villneuve, Lauda e Prost. A Formula 1 envelheceu e faz agora sobressair os "jovens lobos" elevando-os ao estatuto de "leões do asfalto". Quando Hamilton erguer a taça e passar a figurar na prateleira dos verdadeiros mítos é caso para dizer, F1 ...R.I.P.
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