quarta-feira, 11 de abril de 2012

Um novo ciclo

Há 3 anos foram campeões, na última jornada, contra um inusitado Sporting de Braga. O "campeonato dos túneis". Foi Em Braga, foi na Luz, sempre os mesmos casos, sempre os mesmos intervenientes. Na disciplina da Liga, o homem forte de sangue vermelho, Ricardo Costa, protegia-os e à revelia, promove reuniões fantasma do conselho onde castigava os opositores. Foram campeões. Abria-se um novo ciclo, anunciavam. Iriam quebrar a hegemonia do FCP na Liga doméstica. O bimfiqa vai ser campeão muitos e longos anos. 


Azar. No ano seguinte, com um treinador quase inexperiente, o FCP arranca uma época sublime: Campeões nacionais sem derrotas, com vantagem de 21 pontos para o segundo classificado. Conquistou a Taça de Portugal com uma brilhante exibição no Jamor sobre o Vitória de Guimarães, venceu a Supertaça de Portugal relativa ao ano anterior e venceu a Liga Europa, depois de uma campanha notável, batendo o recorde de vitórias, de pontos, de golos e consagrando Falcão como melhor marcador europeu. O ano em que o FCP cumpriu a proeza de ultrapassar o Benfica em número de títulos conquistados. Ups, então não era desta que vinha aí o "novo ciclo"? Parece que não, meteram a viola no saco e contentaram-se com a Taça da liga. Bom score. Pró ano é que é!


Este ano, a equipa começa bem a época, é aí que reside a virtude. O bifica faz o maior investimento em plantel de que há memória no futebol português, é a equipa da "nota artística", do futebol de cabazadas, endeusado pela máquina de propaganda do regime, estimulado pelos adeptos fervorosos que de gritaria em gritaria, de enchente em enchente iam abafando os protestos adversários, e atropelos à parte, iam aqui e ali jogando bom futebol. Em janeiro, chegam a ser líderes com 5 pontos de vantagem, em abril, são segundos com 4 pontos de atraso, e com fracas hipóteses de chegar ao título. Vão jogar a final da taça da liga. Bom score.


Estão doentes. Outra vez... doentes.