sexta-feira, 18 de março de 2011

50 igual a ZERO - A que se deve a estrela no emblema do Benfica.

Hoje, na sequência do inédito apuramento de três clubes portugueses para as meias-finais de uma competição europeia, deparei-me com um facto impressionante: Os lampiões, que passam a vida a tentar tapar o sol com a peneira, na falta de conquistas costumam entregar-se a manobras de marketing, como a do ano passado, onde resolveram ostentar três estrelas por cima do emblema nas camisolas. Foi-se a ver, diziam que era uma estrela por cada dez campeonatos nacionais conquistados. Ok, é rebuscado, mas aceita-se. Afinal, sempre serve para se equipararem ao Brasil que tem 5 estrelas por outros tantos campeonatos do mundo conquistados, ou ao Milan que tem 3 estrelas pela tripla conquista da Liga dos Campeões. Enfim, dá-lhes um ar de multiplas vitórias e isso faz bem ao ego e incute respeito nas equipas adversárias. Pronto, até deu resultado, lá juntaram mais meia perninha de estrela ao emblema, sendo que foram campeões.


Este ano ostentam uma única estrela por cima do emblema. Uma. Vai-se a ver e parece que essa estrela pretende comemorar o cinquentenário da conquista da Taça dos campeões europeus pelo Benfica em 1961-1962.
Ora, acontece que desde essa altura o glorioso NUNCA mais ganhou um troféu internacional e eu chego à conclusão que a esmagadora maioria dos benfiquistas que conheço NUNCA viu o Benfica ganhar m€rd@ nenhuma lá fora. Em CINQUENTA anos, ZERO títulos. Fico com pena pelos meus amigos orgulhosamente lampiões.


É triste, e a cumprir-se a maldição de Belá Guttmann: «nos próximos 100 anos, o Benfica não voltará a ser campeão da europa» é vê-los mais 50 anos até poderem desenhar mais uma estrelinha no emblema. Espero sinceramente, pelo menos encontrar-vos em Dublin. Um abraço.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Mais do mesmo


Não me canso de enaltecer o rigor, a isenção, o sentido de apurado recorte jornalístico desta centenária publicação. A Bola, mais conhecida com o pseudónimo de "A bíblia" volta a fazer furor com uma capa esclarecedora. Ao contrário do que sucedeu há oito dias, com o golo da vitória obtido ao caír-do-pano que garantiu uma vitória espectacular do clube da luz. Que importa desta vez o golo de antologia de Mossoró? Que conta o "frango" de Roberto? Que interessa se dissermos que o Braga tinha contas a ajustar com este Benfica que duravam desde o ano passado? Não, o que importa é esconder a cabeça, outra vez, na manta de retalhos de desculpas esfarrapadas com que se tapam sempre que se deparam com contrariedades. 
Se no âmbito do jogo, este desfecho era inevitável. No campo do jornalismo esta capa é francamente previsível.