terça-feira, 17 de junho de 2014

:.: PIOR, SERIA IMPOSSÍVEL... VÁ, POUCO PROVÁVEL :.:



Diz que foi o jogo da segunda, contra a quarta melhor seleção de futebol do mundo, isto, segundo reza o mais atual ranking da FIFA, os patronos do Mundial de Futebol.
Na verdade, no que ao futebol diz respeito, foi tudo tão mau que nem me apetece dizer nada. Exceto se eu fosse alemão.

Portugal alinhou de início, à exceção de Hugo Almeida por Postiga, com a mesma equipa com que tinha entrado em campo no Europeu de futebol, há dois anos atrás, contra esta mesma Alemanha. Se há dois anos perdemos por 1-0, ontem levámos 4, sofremos a pior derrota de que há memória na seleção em fases finais de competições internacionais. E nem vale de nada querermos arranjar desculpas com as arbitragens.

Tudo o que havia para correr mal, correu. Mas até se pode dizer que a estratégia inicial com que Portugal encarou o jogo abria esperanças em contornar os Alemães, só que cedo caíram por terra. Logo aos 8 minutos Rui Patrício, que continua a não saber jogar com os pés, escancara a baliza e oferece o golo a Khedira que miraculosamente, para os anseios de Portugal, atira ao lado. Dois minutos depois é João Pereira quem não consegue dentro da área desarmar sem falta o único alemão da sua estatura. Penalti, golo. A partir daí, foi o descalabro. A lesão de Hugo Almeida; o segundo golo de bola parada num remate de cabeça no meio do desnorte dos dois centrais portugueses, que nem são assim tão baixos; a expulsão estúpida de Pepe; o terceiro golo num alívio frouxo de Bruno Alves para a sorte de Müller; a lesão de Fábio Coentrão e depois Patrício que volta a falhar por duas vezes no lance para o 4º golo alemão.
Exibição fraquíssima da equipa das quinas para o pior resultado de sempre de Portugal em mundiais.

Sim, antes de começar o Mundial do Brasil as expetativas estavam altas, talvez demasiado altas. Agora, nem Portugal está tão bem quanto deu a entender no jogo de preparação contra a Irlanda nem estará tão mal quanto esta pesada derrota pode deixar transparecer. Acontece, é que apenas perdeu toda e qualquer margem de erro. Os jogos com E.U.A. e Gana são para vencer, embora com tanta gente presa por armes a tarefa não se afigure fácil. É esta a nossa sina. É assim há anos. Foi assim com Cabral em 1500, contra ventos e marés. Esperemos que volte a ser por estes dias.