quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Phoda-se lá o homem!

Trabalhar numa empresa com mais de dez pessoas tem destas coisas. Em determinadas situações, pode gerar-se um "efeito fracturante" na nossa relação com os colegas. Para além desta terminologia politicamente correcta, a outra que me ocorre é -asco-.
É exemplo disso o caso que me sucedeu quando me vi obrigado a passar pela casa-de-banho para um alívio escatológico. Sempre me incomodou ter de me sentar noutro wc que não seja o meu lá de casa, mas quando tem de ser, tem muita força. O que felizmente é raro. Não gosto, não se está à vontade e sempre que me vejo na contingência de o fazer, uso da maior discrição possivel. Espero sempre que não haja ninguem e só saio na mesma premissa.
Ora, sucede que, desta vez, assim que sento o befe na sanita previamente desinfectada oiço entrar um colega. O companheiro irrompe furioso porta dentro e entra na casinhota ao lado. Fecha a porta e baixa as calças rapidamente num claro sinal de aflição. Até aqui, para alem do chavascal, tudo estaria normal caso ele não tivesse desatado prontamente a largar uma flatulência ensurdecedora e nojenta. A par disto, emitia uns grunhidos e arfava de forma semelhante à de uma jovem mãe a dar à luz pela primeira vez. Um esforço recompensado de pronto pelo desabar de uma quantidade, certamente abundante de merda, que provavelmente inundou o vaso sanitário.
O individuo ali ficou a soltar a sua carga entre sonoros peidos e o estatelar de vastos cagalhões na porcelana satitária, acompanhados de incontestáveis manifestações de alivio. Um nojo.
Escusado será dizer, que o meu esfincter previamente desesperado, perante tal espectáculo se recusou a relaxar. Vesti-me e saí rapidamente. Ainda pensei em ficar por ali só para descobrir a identidade do energúmeno colega, mas reconsiderei e segui o meu caminho, sob pena de nunca mais conseguir olhar-lhe para a cara. Phoda-se lá o homem.

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