domingo, 27 de setembro de 2009

Voto útil = Origami básico

Não compreendo toda a fanfarra à volta do acto eleitoral, nunca compreendi. Começa logo nas campanhas eleitorais. Os discursos de ataque directo aos partidos adversários, os outdoors com mensagens publicitárias mais ou menos elaboradas e nada esclarecedoras, os carros com megafones que invadem as ruas, iguais aos que anunciam que o circo chegou à cidade. Enfim, um festival a que todos nos habituámos a assistir, mas que no fundo continua a não fazer sentido na minha cabeça.
Nunca percebi as militâncias, eu acho que o partido politico tem de ser um projecto de governação, uma instituição cujo propósito será em definitivo, servir o país. Custa-me quando percebo que, afinal não é assim e que a única coisa que os senhores querem assegurar é a seu própria representatividade e sobrevivência política. Custa-me a aceitar as euforias sincronizadas nas sedes de campanha assim que são divulgadas as primeiras sondagens. Parece o futebol, quando acaba de ser um golo daqueles que faz levantar a bancada, que a seguir grita em uníssono o nome do clube. What the fuck?!? Como é que qualquer partido político se pode regozijar com uma vitória eleitoral onde só participou metade da população? Foi golo? ou meio golo? Mas apesar de só metade da população ir às urnas, as cadeiras na assembleia enchem-se na mesma. Por isso condeno aqueles que não vão votar. Quem não vota está alheado do processo democrático, quem não vota não quer saber. Quem não vota, depois não se pode queixar, não tem esse direito. Eu sou claro, defendo o BRANCO. Na contagem dos votos os boletins que não tiverem assinalado nenhum quadradinho, deveriam corresponder a outros tantos lugares parlamentares VAZIOS. Poupava-se p'ra cima de um dinheirão na despesa pública e, quem sabe, se um dia se chegasse a uma maioria absoluta do branco, não seria dessa que teríamos um governo competente?!

1 comentário:

Antunisio disse...

ESTOU CONTIGO!!!
Já o digo há muito, excepto num pormenor: o NULO também é fixe.
Principalmente se fizeres do boletim de voto, o teu manifesto!
Brancos e nulos ao poder JÁ!