terça-feira, 19 de agosto de 2008

Ensaio sobre a mudez

Um destes dias estava à conversa sobre cantores (e cantoras) Portugueses bons e maus e em como há d'eles maus que evoluem para o médio bom, outros que se tornam ridículamente maus e alguns mesmo péssimos. Confusos? Eu passo a explicar. Para que vocês entendam o meu ponto de vista, relaciono metodicamente três argumentos que para mim são essenciais para se discutir uma "voz". Vejamos, em primeira instância -A ALMA- se a voz não tem alma, carácter, personalidade própria, então nem sequer chega a ser uma voz, limita-se a ser um instrumento de comunicação, deve ser usado apenas como tal (de preferencia baixinho para não me ferir os ouvidos). Depois há - O TIMBRE- o elemento que torna cada voz única e diferenciada. Trata-se de uma característica genética inerente a cada pessoa e que se altera com a idade, uns têm um timbre agradável, outros não. Finalmente, a -CADÊNCIA- a forma como se respira, como se "ataca" a palavra, como se pontuam as frases, como se usam as inflexões, ao fim ao cabo, a forma como se transmitem emoções através da voz.
Ora, este ponto prévio só para vos dizer que se o Zé Manel (o gajo dos Fingertips) tivesse nascido em Los Angeles era hoje, provavelmente, um ídolo de classe mundial. Que o João Pedro Pais e a Mafalda Veiga deviam casar, só estragavam uma casa (desde que não procriássem). O Tiago Bettencourt devia ir cantar para o gargalo da garrafa de wisky do Jorge Palma. A Marisa devia trocar o nome para Amália di Rodrigues e o David Fonseca tem de se ver livre da pedra que tem debaixo da lingua quando canta.

2 comentários:

R2D2 disse...

E olhem que este gajo é uma autoridade nesta matéria.

É o Nuno Rogeiro da Almotimbrocadênciologia!

E eu sei do que estou a escrever, que não me atrevo a falar diante dele...

Lek disse...

Já eu não canto nada. O excesso de alma prejudica-me o timbre... Tenho de comprar um Singstar ;)