
Agora que a viagem Portuguesa pelos relvados da Austria-Suiça chegou ao fim e que importa empurrar o autocarro da selecção de volta a casa, temos algum tempo para nos debruçar sobre aquilo que afinal falhou. Sem querer apontar o dedo a ninguem em especial, tenho de fazê-lo a um gajo em particular. Tão só porque é recorrente, porque é sempre a mesma ave rara, porque eu e muitos outros como eu, acabamos sempre com a sensação de já ter visto este filme antes e sempre pelo mesmo protagonista. O "pau" já nasceu torto na selecção, surgiu á luz do afastamento compulsivo do Vitor Baía, num caso nunca explicado e temperado pela recusa teimosa de Scolari em falar sobre "não-convocados". Desde a primeira vez que Ricardo defende (tenta) as redes da baliza tuga que lhe tirei a pinta, era notória a sua fraqueza emocional. Quando um guarda-redes apela a entidades divinas e segue rituais esotéricos em vez de usar concentração e profissionalismo, está tudo dito, aquelas mãos tresandam a tremedeira. A princípio perguntáva-me como é que um gajo com tão bons reflexos entre os postes podia ser tão cabalmente ineficaz quando sujeito a pressão. Para mim era definitivo, os jogos de selecção têm todos pressão logo Ricardo não servia para guardar as quinas e comecei a desenvolver por ele uma espécie de asco peçonhento que me chega a provocar náuseas quando tenho de o engolir. De tal forma, que acabei por baptizá-lo de "
Galinhas", não pela alusão óbvia aos seus multiplos frangos, mas sim pela forma galinácea como se espavoneia na área quando a bola lhe ronda as asas. Mesmo aquele que é considerado o seu momento mais alto (a defesa sem luvas do penaltie Inglês no euro2004) se toldou pelo frango que o Owen lhe proporcionou logo aos 2 minutos de jogo. E depois há; o golo dos Gregos na final; o empate no Liestenchtein; o terceiro de ontem; o do Luisão que deu em título ...tantos e tantos outros de que é exemplo
esta pérola. Que fique claro, nada de pessoal me move contra o rapaz do Montijo, mas agradeci as palavras de Lothar Matthäus quando apontou em exclusividade o dedo a Ricardo falando nos "pontos fracos" da selecção Portuguesa. Os germânicos falaram d'ele sem medos, comparando-lhe as mãos a mata-moscas. Depois disto, e com a saída do
Filipão quero acreditar que a imagem d'
o galinhas na área atrás da bola como se de um insecto se tratasse, não se irá repetir. Afinal, mesmo ao acaso qualquer um de nós aponta melhor sorte para a baliza Portuguesa.
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