sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Porto x Benfica - o day after

Eu já tinha prometido a mim mesmo evitar falar aqui sobre futebol, uma vez que reparo, é um tema demasiado recorrente neste blog. E eu não quero isso. Contive-me enquanto pude mas não posso deixar de reavivar a memória do 5 - 0 do passado fim-de-semana como forma de combater o marasmo instalado e as toalhas arremessadas ao chão no sentido em que a coisa perdeu o interesse e uma vez que já há campeão nacional para esta época, está tudo dito.

Não. Só perdeu o interesse para os adversários do FCP que ficam diminuídos financeira e desportivamente. Porque confirma o ridiculo dessa ideia levantada durante a época passada pela direcção do Benfica de que se tinha iniciado um novo ciclo. A esses, os 5 a 0 não vão servir de nada nem ensinar coisa nenhuma. Assente a poeira do jogo, disfarçada a vergonha do massacre vão voltar às histórias do disco riscado. Apesar dos 15 campeonatos conquistados nos últimos 25 anos, 2 títulos de campeão europeu e do mundo, uma taça UEFA e umas mãos cheias de outras glorias, esses vão continuar a bater na tecla do descrédito.

É uma questão de tempo até se voltarem a esconder debaixo das mantas de retalhos que vêem coleccionando para negar mérito a quem o merece. Voltam às histórias da viagem dos Calheiros ao Brasil, às escutas da "fruta" e do "cafézinho" que um árbitro terá bebido em casa de Pinto da Costa em vésperas desse «importantíssimo» Beira Mar x Porto de 2004/05 onde o FCP alinhou com as reservas e só ganhou já nos descontos com este golo. Enfim, vão voltar ás histórias que estamos todos carecas de ouvir e continuam a não aprender a lição.

Por um lado, até é bom que assim seja. É sinal que o FCP vai continuar a levantar taças e eles a vê-las passar, bêbados de um ódio cego, preferem apontar o dedo a alguma coisa ou a alguém para justificar os seus próprios insucessos. Desta vez foi Jorge Jesus, como já antes haviam sido as arbitragens e o guarda-redes Roberto. Por outro lado, preocupa-me que assim seja. Gente pequenina, invejosa, que do alto da sua mesquinhês prefere denegrir e caluniar o sucesso alheio ao invés de se corrigir e trabalhar para lhes seguir o exemplo. É que afinal, eles são um reflexo do país que temos.

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