sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Torrents na Cloud

Malta,

Para quem está a utilizar computadores partilhados quando se lembra de ir aos torrents buscar um filminho para ver no fim de semana, descobri agora o SEEDR.
Um serviço TOP para sacar diretamente dos torrent links para uma pasta pessoal numa Cloud privada.

O Seedr é um cliente de torrents que assenta na cloud e que oferece todas as funcionalidades e mais algumas comparativamente a um cliente de torrents tradicional, como é o caso do uTorrent.

Basta ir AQUI é um luxo. Até dá para fazer streaming diretamente do Seedr sem ser preciso fazer download do ficheiro. Experimentem, não se vão arrepender.

terça-feira, 17 de junho de 2014

:.: PIOR, SERIA IMPOSSÍVEL... VÁ, POUCO PROVÁVEL :.:



Diz que foi o jogo da segunda, contra a quarta melhor seleção de futebol do mundo, isto, segundo reza o mais atual ranking da FIFA, os patronos do Mundial de Futebol.
Na verdade, no que ao futebol diz respeito, foi tudo tão mau que nem me apetece dizer nada. Exceto se eu fosse alemão.

Portugal alinhou de início, à exceção de Hugo Almeida por Postiga, com a mesma equipa com que tinha entrado em campo no Europeu de futebol, há dois anos atrás, contra esta mesma Alemanha. Se há dois anos perdemos por 1-0, ontem levámos 4, sofremos a pior derrota de que há memória na seleção em fases finais de competições internacionais. E nem vale de nada querermos arranjar desculpas com as arbitragens.

Tudo o que havia para correr mal, correu. Mas até se pode dizer que a estratégia inicial com que Portugal encarou o jogo abria esperanças em contornar os Alemães, só que cedo caíram por terra. Logo aos 8 minutos Rui Patrício, que continua a não saber jogar com os pés, escancara a baliza e oferece o golo a Khedira que miraculosamente, para os anseios de Portugal, atira ao lado. Dois minutos depois é João Pereira quem não consegue dentro da área desarmar sem falta o único alemão da sua estatura. Penalti, golo. A partir daí, foi o descalabro. A lesão de Hugo Almeida; o segundo golo de bola parada num remate de cabeça no meio do desnorte dos dois centrais portugueses, que nem são assim tão baixos; a expulsão estúpida de Pepe; o terceiro golo num alívio frouxo de Bruno Alves para a sorte de Müller; a lesão de Fábio Coentrão e depois Patrício que volta a falhar por duas vezes no lance para o 4º golo alemão.
Exibição fraquíssima da equipa das quinas para o pior resultado de sempre de Portugal em mundiais.

Sim, antes de começar o Mundial do Brasil as expetativas estavam altas, talvez demasiado altas. Agora, nem Portugal está tão bem quanto deu a entender no jogo de preparação contra a Irlanda nem estará tão mal quanto esta pesada derrota pode deixar transparecer. Acontece, é que apenas perdeu toda e qualquer margem de erro. Os jogos com E.U.A. e Gana são para vencer, embora com tanta gente presa por armes a tarefa não se afigure fácil. É esta a nossa sina. É assim há anos. Foi assim com Cabral em 1500, contra ventos e marés. Esperemos que volte a ser por estes dias.

sexta-feira, 14 de março de 2014

:.: Ambição Europeia na Liga de baixo :.:


O Benfica e o Porto estão bem encaminhados para seguirem em frente na Liga Europa. Nos jogos da noite europeia de ontem, os dois representantes portugueses em prova conseguiram vencer os seus jogos. O Benfica por números expressivos, mais tratando-se da primeira mão de uma eliminatória jogada fora, onde os três golos marcados se podem revelar cruciais e praticamente carimbam a passagem do clube da Luz aos quartos de final da competição. Não é crível que o Tottenham tenha arcaboiço para dar a volta à eliminatória no segundo jogo, ainda mais quando a equipa atravessa uma marcada crise de confiança. O clube orientado por Tim Sherwood tem bons jogadores mas não é uma boa equipa. O paradigma do grande investimento em jogadores feito pelo patrão do Tottenham (cerca de 120M€) no início da época, parece não ter correspondência no desempenho desportivo e até André Villas Boas, despedido por duas derrotas por goleada, tinha melhor percentagem de vitórias que Sherwood.
Para a história ficar completa, sobraram as atitudes de fanfarrão em Jorge Jesus por altura dos golos do Benfica. A competência e a classe pragmática da equipa a converter em golos, com eficácia, mais de metade das oportunidades que teve, não obteve a devida correspondência na reação do treinador português a esses golos, em gestos de clara afronta ao banco adversário pobremente justificados.
O Benfica consegue a proeza vencer em Inglaterra com classe e números expressivos, ao mesmo tempo que põe o mundo a falar do seu treinador pelas piores razões. Uma pena.

O FCPorto fez o inédito na época desportiva, venceu pela primeira vez um jogo em casa para as competições europeias. Assim vai o reino do Dragão, outrora apelidado de fortaleza, teve ontem um jogo a fazer-lhe justiça, não sofrendo golos, mas contudo vencendo apenas pela margem mínima. A uma primeira parte amorfa e sem golos nem grandes oportunidades, exceção a um lance de golo mal invalidado por suposto offside a Carlos Eduardo, seguiu-se um segundo tempo emotivo e bem disputado com ambas as equipas a criarem oportunidades claras de golo e onde Jackson Martinez, na sequência de um canto, consegue meter a equipa portista em vantagem na eliminatória. O Nápoles é um dos favoritos na competição e o espanhol Rafa Benitez um dos mais experientes treinadores do planeta. O jogo da semana que vem no San Paolo será muito interessante de seguir e com certeza um terrível teste para os azuis e brancos que procuram recuperar o seu virtuosismo e sistema de jogo na ressaca da era Paulo Fonseca. Pelo meio há clássico em Alvalade, determinante para o 2º lugar no campeonato e o acesso direto à Champions League 2015. E viva o futebol.

quinta-feira, 6 de março de 2014

As preocupações de Fonseca

Nunca em mais de trinta anos de gestão Pinto da Costa um treinador abandonou o F.C.Porto tão tarde na época desportiva. Em março, a nove jogos do fim. Em toda a sua já longa gestão, o presidente Portista apenas deixou cair cinco treinadores da equipa principal no decorrer de uma temporada. 
Quinito, Ivic, Otávio Machado, Vitor Fernandez e agora Paulo Fonseca (Del Neri e Adriaans abandonaram durante a pré-época). Em nenhum dos casos, a mudança no comando técnico se refletiu na conquista do campeonato nacional. 


Paulo Fonseca despediu-se do Dragão numa já adiada morte lenta que culmina no empate em Guimarães. Foi a gota de água que os adeptos portistas, nada habituados a este nível de prestações, utilizaram para exigir à direção a cabeça do técnico. A SAD Portista bem tentou demover o treinador persuadindo-o a continuar, mas este ter-se-à revelado intransigente. Sucumbiu à pressão.

Paulo Fonseca sai por culpa própria. Falhou em três vertentes decisivas: Resultados, Tática e Liderança. 
Começou por conquistar a Supertaça numa altura embrionária da época a que pouca gente atribui importância e passou os meses seguintes a ver a equipa a ganhar de forma sofrida ou a perder pontos inusitados. A fraca prestação da equipa na Liga dos Campeões, passando pela derrota em Coimbra para a Liga, culmina na primeira derrota em cinco anos de jogos no Dragão para o campeonato, com o Estoril. Pelo meio, a sempre amarga derrota na Luz, de tão fácil que foi para os anfitriões, até acabou por ser justa num palco onde ultimamente o F.C.Porto tinha sido sempre feliz.



Mas para além da frieza dos resultados, é na parte tática que terá residido a principal fraqueza de Paulo Fonseca. Se não se poderia exigir a um jovem treinador acabado de completar uma época vigorosa com o Paços de Ferreira o desempenho de Mourinho ou Vilas Boas, pedia-se sim, que fosse pelo menos tão bom quanto o seu antecessor, e não foi. Desde cedo se percebeu que Paulo Fonseca quis imprimir um cunho pessoal na forma de jogar do F.C.Porto, quis deixar a sua marca. Se a ideia pode parecer legítima, deverá ter desvalorizado que mexer com o ADN de uma estrutura com anos de provas dadas é algo de mais complicado. A forma como Fonseca inverteu o triângulo de meio campo deixando dois homens mais recuados atrás causava estranheza ao grupo e desconforto visível aos intérpretes. Numa primeira abordagem com Lucho sozinho nas costas de Jackson e depois sem grandes apoios nas alas onde tentou inclusivamente adaptar Josué reinventando a estrutura mas teimosamente respeitando a sua visão tática.

As coisas não funcionaram, a máquina emperrava, criavam-se buracos intransponíveis a meio campo e o futebol desenvolvido tornou-se demasiado contido, previsível e sofrido, intranquilizando a equipa. As inacreditáveis e comprometedoras falhas defensivas que se sucederam recebiam do banco meia dúzia de palmas e dois gritos de apoio. Paulo Fonseca foi quase sempre o pai amigo resignado aos erros com esperança cega que tudo se resolveria no futuro... e no dia seguinte dava palestras antes do treino. Dava a ideia de ser pouco disciplinador, muito amigo foi perdendo o pulso. A sucessão de resultados negativos faz abanar a estrutura onde alguns jogadores incapazes de se manterem motivados e concentrados mais que trinta minutos por jogo começa a revelar-se. A equipa cede à sua própria ineficácia e com ela Fonseca perde o grupo e por arrasto os adeptos.

Sem querer alinhar no discurso dos "doutorados" denunciados por Fonseca numa das suas últimas conferências de imprensa, acrescento que a propalada fraca consistência do plantel azul e branco este ano não lhe serve de desculpa. As saídas de James e Moutinho não podem ser assim tão determinantes. Para além das caras novas e pouco titulares: Carlos Eduardo, Ghilas, Reyes, Licá, Herrera, Quintero e Ricardo, todos os outros jogadores do plantel são, pelo menos, campeões nacionais e não podem ter desaprendido de jogar à bola em tão pouco tempo. Paulo Fonseca não cumpriu os mínimos e por isso sai, com consciência de um trabalho feito com honestidade mas sem capacidade para um clube com o nível de exigência do F.C.Porto. Veremos o que o futuro lhe reserva.